Já se passaram sete anos e as vozes de Kim Tae Jin e de Kim
Young Soon ainda precisam ser ouvidas pelas autoridades internacionais.
Os dois são sobreviventes do maior campo de concentração da
Coreia do Norte, o campo de prisioneiros políticos de Yodok, conhecido também como
“Campo nº 15” ,
onde eles viveram dramáticas experiências, desumanas, que foram contadas diante
da Comissão da ONU sobre Direitos Humanos, durante uma reunião ocorrida em
2005.
Kim Tae Jin (56 anos), fugiu para a China em 1986, devido à
fome, lá ele se converteu e depois de 16 anos vivendo em território chinês, foi
finalmente preso e repatriado. Durante o processo de repatriação, foi descoberta
um Bíblia na sua bagagem. De volta a Coreia do Norte, ele passou por torturas e
prolongados interrogatórios, quando chegou a ser obrigado a engolir um prego.
Posteriormente, foi enviado para o campo de Yodok, onde experimentou um
tratamento bárbaro, incluindo ser espancado com lenha até perder a consciência
e trabalhar sob condições precárias e quase sem alimentação. Para sobreviver,
chegou a comer cobras, sapos e ratos. Conseguiu fugir do campo de concentração
e chegar a Coreia do Sul em junho de 2001, onde participou da formação do
ministério NKGulag e se tornou presidente da Comissão Especial para o fim dos
Gulags (termo internacional que designa os campos de concentração) Norte-Coreanos.
Já Kim Young Soon (74 anos), foi presa pelas forças de
segurança norte-coreanas depois que seu marido desapareceu. Ela, seus pais e
seus quatro filhos foram levados para o campo de Yodok, somente como punição
pelo desaparecimento inexplicável do marido, que nunca mais chegou a ver ou
receber notícias. Foram oito anos presa no campo de concentração, onde sofreu
terrivelmente com as condições de trabalhos forçados, abusos físicos e verbais
constantes, doutrinação ideológica e degradação severa. Ela descreveu o campo
como “um inferno, onde os prisioneiros são tratados pior do que os animais”.
Seu pai, sua mãe e seu filho mais novo morreram devido às más condições que
sofreram no campo. Seu segundo filho foi executado após uma tentativa de fuga
frustrada e seus 2 filhos mais velhos se tornaram deficientes devido o
tratamento sofrido durante a prisão. Ela conseguiu fugir em 2003 e agora
integra o comitê de operações do NKGulag, que atua junto aos sobreviventes
desses campos de concentrações.
De acordo com recentes informações há cerca de um milhão de
norte-coreanos presos entre os oito campos de punição para presos políticos e
os 30 campos de trabalhos forçados, espalhados pelo território norte-coreano.
Estima-se que cerca de 200 mil presos são cristãos.
Peça ao Senhor para que os presos da Coreia do Norte não
sejam esquecidos pelo resto do mundo.
Ore para que os cristãos presos também não sejam esquecidos.
Ore pela liberdade milagrosa para todos.
Ore por melhores condições e consolo em Deus para todos os
presos.
Fonte: Worthy
News